sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Galáxias e Constelações - Pegasus


Galáxia Anã Esferoidal

A Galáxia Anã Esferoidal de Pegasus (também conhecida como Andrômeda VI ou Peg dSph) é uma galáxia anã esferoidal localizada a aproximadamente 2,7 milhões de anos-luz da Terra na constelação de Pegasus. A Anã de Pegasus é um membro do Grupo Local e uma galáxia satélite da Galáxia de Andrômeda (M31).



A Anã Esferoidal de Pegasus é uma galáxia com principalmente populações estelares pobres em metais. Sua metalicidade é [Fe/H] ≃ −1,3. Está localizada a uma ascensão reta de 23h 51m 46,3s e uma declinação de 24° 34′ 57,0″ no sistema equatorial de coordenadas (época J2000), e numa distância de 820 ± 20 kpc da Terra e uma distância de 294 ± 8 kpc da Galáxia de Andrômeda.

A Anã Esferoidal de Pegasus foi descoberta em 1999 por vários autores no segundo filme Palomar Sky Survey (POSS-II).
Fonte: Wikipédia


Galáxia Anã Irregular

A Galáxia Anã Irregular de Pegasus, PegDIG (do inglês Pegasus Dwarf Irregular Galaxy) ou Galáxia Anã de Pegasus é uma galáxia anã irregular localizada na constelação de Pegasus. De magnitude aparente 13,2, é uma galáxia de baixa luminosidade superficial. Foi descoberta na década de 1950 por Albert G. Wilson.

Com um diâmetro de aproximadamente 1 000 anos-luz, é uma galáxia com população estelar de baixa metalicidade. Embora tenha havido certa controvérsia em quanto à distância desta galáxia, com valores entre 2,5 e 6 milhões de anos-luz, a distância mais aceita em comum é 3 milhões de anos-luz, o que a situa dentro do Grupo Local.

A Galáxia Anã de Pegasus não deve ser confundida com Andrômeda VI, também chamada de Galáxia Anã Esferoidal de Pegasus(Peg dSph) ou Pegasus II.
Fonte: Wikipédia


Constelação


Pegasus, o Cavalo Alado, é uma constelação do hemisfério celestial norte. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Pegasi.

As constelações vizinhas são Andrômeda, Lagarto, Cisne, Raposa, Golfinho, Potro, situando-se a norte de Aquário e Peixes.

Alpha Pegasi (Markab), Beta Pegasi (Beta-Scheat), e Gamma Pegasi (Gama-Algenil), em conjunto com Alpha Andromedae (Alpheratz, Sirrah ou alfa-Andrómeda-Sirrah) formam o grande asterismo conhecido como Quadrado do Pégaso. A estrela 51 Pegasi é notável por ser a primeira estrela parecida com o Sol a ter um planeta extrassolar conhecido.
Fonte: Wikipédia


Esta é uma constelação de origem bastante antiga. Pégaso é fácil de se encontrar no céu através da localização do célebre quadrado formado por três das suas estrelas mais brilhantes e pela componente principal de Andrômeda (asterismo conhecido como "Quadrado de Pégaso" que é facilmente observado na figura ao lado), tendo como referência a vizinhança das constelações da Águia, Cassiopeia e Cisne.

Não é uma constelação que apresente estrelas brilhantes, mas pela razão apresentada acima acaba por não levantar dificuldades no que diz respeito à localização.

Pégaso representa o mítico cavalo alado tão conhecido do imaginário universal. Referencias a ele já se encontram nas antigas tábuas do vale de Eufrades e nas moedas gregas cunhadas no século IV a.C.

Segundo a lenda grega mais popularizada, teria nascido do sangue do monstro morto por Perseu, a Medusa, cujo olhar petrificava todo o ser que o contemplasse. Segundo uma das versões do mito, Perseu usou a cabeça decapitada da Medusa para petrificar o monstro marinho Cetus, a Baleia, evitando que devorasse a princesa Andrômeda.

No episódio em que Perseu a decapitou, Pégaso nasceu do sangue derramado pela Medusa, voando de imediato para o monte Hélicon, onde habitavam as Musas da Beócia. Com um coice abriu numa rocha uma fonte, cuja água possuía o poder de atribuir a mestria na poesia a quem dela bebesse.

Num episódio posterior, Pégaso foi domado por Belerofonte, mítico herói grego que matou o monstro Quimera montando o cavalo alado. Tomado pela sua ambição, Belerofonte quis voar até aos deuses, no monte Olimpo, mas foi atirado de volta à Terra.

Pégaso foi usado durante algum tempo por Zeus para carregar os seus relâmpagos e trovões, sendo por fim colocado no céu pelo líder dos deuses.

De referir que algumas lendas bastante difundidas contam que Pégaso teria sido o cavalo alado de Perseu, mas estas baseiam-se numa corrupção da mitologia clássica feita durante a época do Renascimento.
Fonte: Explicatorium


Galáxias e Constelações - Cassiopeia



Galáxia

A Galáxia Anã de Cassiopeia (também conhecida como Andrômeda VII) é uma galáxia anã esferoidal a aproximadamente 2,58 milhões de anos-luz de distância na constelação de Cassiopeia. A Anã de Cassiopeia faz parte do Grupo Local de galáxias e é uma galáxia satélite da Galáxia de Andrômeda (M31).



A Anã de Cassiopeia foi encontrada em 1998, juntamente com o Anã de Pegasus, por uma equipe de astrônomos (Karachentsev e Kashibadze) na Rússia e na Ucrânia. A Anã de Cassiopeia e a Anã de Pegasus estão mais longe de M31 que suas outras galáxias companheiras conhecidas, mas ainda aparecem vinculadas a ela pela gravidade. A galáxia tampouco contém quaisquer jovens, massivas estrelas ou mostra vestígios de formação estelar recente. Em vez disso, ambas parecem dominadas por estrelas muito antigas, com idades de até 10000 milhões de anos.
Fonte: Wikipédia


Constelação

























Cassiopeia é o nome de uma constelação próxima do pólo norte celeste, com cerca de 30 estrelas visíveis a olho nu. Cassiopeia é uma constelação do hemisfério celestial norte. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Cassiopeiae.

As constelações vizinhas são Camelopardalis, Cepheus, Lacerta, Andrômeda e Perseus.



A figura formada pelas estrelas próximas à constelação de Cepheus lembra a de uma figura humana sentada num trono – só que de cabeça para baixo. Para os gregos, isso representava a punição por um crime severo e logo associaram essa constelação ao mito de Cassiopeia: a vaidosa rainha da Ethiopia que comparou sua beleza à das Nereidas, entre as quais se contava Anfitrite, a esposa de Poseidon. Como punição, o deus dos mares exigiu que sua filha, Andrômeda, fosse sacrificada ao monstro Cetus (uma besta similar a uma baleia) para que seu país não fosse inundado pelas ondas de Poseidon.
Fonte: Wikipédia


Galáxias e Constelações - Andrômeda


Galáxia

A Galáxia de Andrômeda possui formato espiral e sua localização é de 2,54 milhões de anos-luz do Planeta Terra, sua posição é próxima da Constelação de Andrômeda. Segundos pesquisadores e cientistas, é tida como a mais próxima da Via Láctea.

É assim chamada, de Andrômeda, devido a proximidade da Constelação de Andrômeda, cujo termo é oriundo da princesa da mitologia, Andrômeda, filha de Cefeu (Rei da Etiópia e da Cassiopéia). Sua extensão é a maior de todas as outras galáxias do chamado Grupo Local (composto pela Galáxia do Triângulo, Via Láctea e mais 30 de pequena dimensão). A massa da Galáxia de Andrômeda é praticamente a mesma da nossa, possuindo 7.1×1011 massas solares (massa solar = massa do nosso Sol, o que equivale a 332.946 Terras).

É um dos astros mais brilhantes e chamativos, com uma magnitude aparente de 3,4, registrado pelo astrônomo francês Charles Messier. Possui ainda de 180 a 220 mil anos-luz de diâmetro. Dentre as principais características, podemos citar que seu corpo celeste é muito estudado e possibilita enormes descobertas científicas, como a estrutura espiral e os conglomerados abertos, a matéria interestelar, o núcleo galáctico, a poeira interestelar entre outras formas impossíveis de serem detectadas na nossa Galáxia.

A Galáxia de Andrômeda foi catalogada como M31 no catálogo Messier, e no NGC 224 (Novo Catálogo Geral), em Outubro do ano de 1786, por John Herschel.

Com um diâmetro de 250 mil anos-luz, tem o dobro do tamanho da Via Láctea.




















Muitos estudiosos relatam que a Galáxia de Andrômeda terá seu fim próximo, pois com o passar dos anos a Via Láctea e a Galáxia de Andrômeda se aproximam e possivelmente, entrarão em rota de colisão. Esta previsão é prevista para acontecer na mesma época do fim do Sol, em aproximadamente 4 bilhões de anos.
Fonte: Info Escola


Constelação


Andrômeda é uma constelação localizada próxima ao equador celeste, no hemisfério norte do céu, paralela as constelações zodiacais de Peixes e Áries; Do lado oposto na parte sul está a constelação de Cetus. Mais ao norte de Andrômeda estão também as constelações de Cefeu e Cassiopéia, seus pais. ao lado de Andrômeda está a constelação de Perseus, seu herói e amado. Todas essas constelações juntas fazem parte do mesmo esquema mitológico e estão intimamente relacionadas com as constelações de Peixes e Áries. Andrômeda particularmente é uma constelação que tem uma natureza muito semelhante a de Peixes, mas isso indo muito mais para o lado da exaltação de Vênus neste signo: é uma constelação venusiana por excelência. É a clássica representação da donzela indefesa que é salva pelo príncipe (Perseu) de uma fera terrível (Cetus).



Na direção da constelação de Andrômeda pode-se observar o objeto mais distante observável a olho nu no céu, a Galáxia de Andrômeda, nossa vizinha. Andrômeda não é tão difícil de se localizar , uma vez que se saiba pra onde olhar. Ela fica na região mais ao norte do céu, próxima de Peixes. Localizando-se a constelação de Pégasus (que forma um quadrado), Andrômeda forma uma espécie de linha reta prolongando-se a partir deste quadrado.


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Titã - "Ilha Mágica"

Misteriosa "Ilha Mágica" aparece em lua de Saturno


O universo não é uma partida de futebol, mas também é uma caixinha de surpresas. A novidade da vez é um misterioso objeto luminoso que apareceu em Titã, a maior lua do planeta Saturno. Esse objeto foi visto por astrônomos que participaram da missão Cassini, mas infelizmente desapareceu antes que eles pudessem olhar duas vezes e tirar maiores conclusões.

O negócio é que a lua Titã tem um geografia estranha mesmo, então isso poderia ser um grande “nada”.

Antes
Antes

Depois
Depois

Onde a “Ilha da Mágica” de Titã foi vista?

A mancha, carinhosamente apelidada de “Ilha da Mágica”, foi vista no ano passado, durante um sobrevoo de rotina da nave espacial Cassini, e despertou o interesse dos astrônomos que perceberam que tinha alguma coisa diferente ali. Só que quando a nave passou pelo local pela segunda vez, a “Ilha da Mágica” já não estava mais ali. Desapareceu, como em um passe de mágica.

Ela foi observada em Ligeia Mare, o segundo maior mar de Titã. Ao contrário dos mares que a gente conhece (os nossos aqui da Terra, no caso) que são preenchidos por água líquida, os mares da lua Titã são compostos de metano e etano líquidos, e são aproximadamente do tamanho dos Grandes Lagos da América do Norte.

Como a Terra, Titã tem uma atmosfera substancial (composta por nitrogênio-metano) e um ciclo sazonal. Na verdade, porque a lua está em uma transição de primavera para o verão (que vai completar em 2017), a mudança das estações poderia muito bem ter algo a ver com isso. Sendo assim, mais energia solar está sendo canalizada para o hemisfério norte dessa lua, resultando em tempo dinâmico e condições geológicas não observadas anteriormente.

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“Esta descoberta nos diz que os líquidos no hemisfério norte de Titã não são simplesmente estagnados e imutáveis, mas sim que as mudanças acontecem”, observou Jason Hofgartner, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. “Nós não sabemos exatamente o que causou o aparecimento dessa ‘ilha mágica’, mas nós gostaríamos de estudá-la mais”.

E já que não tem como ter certeza do que ela se trata, os pesquisadores elaboraram algumas hipóteses interessantes.

O que é a “Ilha da Mágica”?

Os pesquisadores suspeitam em quatro possibilidades de explicação.

Antes dessa observação, esta região particular de Ligeia Mare tinha sido completamente desprovida de quaisquer recursos, incluindo ondas. Mas, como os astrônomos descobriram no início deste ano, Titã parece ser capaz de produzir ondas – ou pelo menos ondulações – em seus mares.

Neste caso, os ventos no hemisfério norte da lua poderiam chegar a Ligeia Mare e, assim, acabariam formando ondas. O sistema de imagens de radar da Cassini pode ter registrado essas ondas bem na hora que elas formaram uma espécie de "ilha fantasma”. Mas, dado o quão pequenas essas ondas são, essa pode ser a mais improvável das explicações.

Outra teoria é que a espaçonave Cassini tenha capturado imagens de gás metano borbulhando até a superfície, saindo de um oceano subterrâneo e chegando até a superfície. Essa teoria se sustenta pelo fato de o metano ser muito abundante na superfície de Titã. Mas como sua molécula só pode existir por um curto período de tempo antes de ser destruída por raios UV, ele deve ser reabastecido constantemente.

Mas a listinha de ideias dos pesquisadores não para por aí. Outra teoria que eles consideram é que a tal da “ilha da mágica” poderia ser um objeto sólido que estava na boa flutuando pela superfície da lua – algo como um iceberg. Quando a primavera chega em Titã, sólidos submersos formados pelo congelamento do inverno podem se tornar flutuantes. Mas estes objetos não são feitos de gelo/água. Se fossem, afundariam em um mar de hidrocarboneto líquido. Em vez disso, os icebergues flutuantes de Titã seriam compostos de uma mistura congelada de metano e etano.

Por último, é concebível também que Ligeia Mare tenha sólidos suspensos, que não são nem afundados nem flutuantes, mas agem como uma espécie de lodo em águas terrestres.

“Provavelmente, vários processos diferentes – como vento, chuva e marés – podem afetar o metano e etano presentes no lagos de Titã”, observou Hofgartner. “Queremos ver as semelhanças e diferenças entre os processos geológicos que ocorrem aqui na Terra. Em última análise, vai nos ajudar a compreender melhor os nossos próprios ambientes líquidos aqui”.
Fonte: Hype Science


Titã - Lago e Praias

Adam Hadhazy

Cientistas sugerem um novo destino para férias na praia no Sistema Solar. Pena que não seja fácil chegar lá. Pesquisadores publicaram na revista Nature, a identificação de um lago escuro, cercado por uma região costeira mais clara e uma “praia” na superfície de Titã, a maior lua de Saturno. O lago - com formato de sola de sapato - é o primeiro corpo líquido extraterrestre e provavelmente contém hidrocarbonetos, compostos simples também comuns na Terra.

“Essa é a primeira evidência conclusiva da presença de hidrocarbonetos líquidos em Titã”, segundo o autor principal do artigo, Robert Brown, professor de ciência planetária do Laboratório Lunar e Planetário (LPL) da University of Arizona, em Tucson.


Novo balneário? O orbitador Cassini, da Nasa, capturou esta vista de Ontario Lacus, em Titã, quando voava a cerca de 1.100 quilômetros da superfície, em dezembro de 2007. Uma nítida linha litorânea circunda o lago de hidrocarbonetos.


Instrumentos a bordo do orbitador Cassini, da Nasa, em torno de Saturno e seus satélites, inclusive Titã, desde junho de 2004, revelam a presença de etano líquido - composto orgânico contendo carbono - em uma área com aproximadamente as mesmas dimensões do lago Ontário (um dos Grandes Lagos entre o Canadá e os Estados Unidos) no Hemisfério Sul de Titã. Regiões escuras similares, também foram detectadas no Hemisfério Norte, indicando que provavelmente a superfície de Titã é pontilhada por “mares” de hidrocarbonetos.

Pesquisadores confirmaram a presença de etano líquido a partir de resultados obtidos pelo Espectrômetro de Mapeamento no Visível e no Infravermelho (VIMS) a bordo de Cassini, que detectou linhas de hidrocarbonetos nessas faixas do espectro. O etano se forma a partir da ação da luz solar sobre o metano presente na atmosfera de Titã. Acredita-se que o etano da atmosfera se condensa em nuvens que se precipitam na forma de chuva. Ao escoar pela superfície de Titã, a chuva abre caminho formando correntezas que acabam sendo represadas em verdadeiros lagos de etano.
Titã tem atraído a atenção dos astrônomos graças à sua atmosfera formada por uma névoa alaranjada, que se estende por 965 quilômetros a partir de sua superfície. O nitrogênio é o elemento dominante, embora existam traços de metano e de outros hidrocarbonos, inclusive propano. Com um diâmetro de 5.150 km, Titã é maior que Mercúrio e apenas 25% menor que Marte, o que faz dele a segunda maior lua do Sistema Solar, logo depois de Ganimedes, a lua de Júpiter.

Lua com neblina e fumaça: Nesta foto em cores naturais enviada orbitador Cassini em 2007, a superfície de Titã está encoberta por uma espessa camada alaranjada de névoa e fumaça.


Já se suspeitava da existência de etano ou metano líquidos na superfície de Titã. Essa descoberta veio confirmar a idéia de que Titã possui um “ciclo hidrológico” semelhante ao da Terra. Só que o líquido que forma nuvens, chuvas e depois evapora novamente não é água, mas metano e etano, lembra o co-autor do trabalho, Christophe Sotin, cientista planetário do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da Nasa, em Pasadena, Califórnia.

Além de pôr um ponto final nos debates sobre a existência de líquidos em Titã, essa descoberta poderá alterar o curso de futuras missões. Tanto a Nasa como a Agência Espacial Européia (Esa) estão pensando em retornar a Titã; essas novas observações apoiam a idéia de se enviar um veículo que pouse em um lago - uma sonda flutuante - para colher amostras de sua composição, comenta Ralph Lorenz, cientista planetário do Laboratório de Física Aplicada da Johns Hopkins University, em Laurel, Maryland.
A piscina líquida, denominada Ontario Lacus, absorve praticamente toda a luz incidente o que lhe dá uma tonalidade escura, segundo Brown do LPL. Os dados também revelam que a superfície do lago é tranquila, sem ondulações ou ondas, o que para Brown é surpreendente. Ele e sua equipe esperavam encontrar ondas provocadas por possíveis ventos de superfície.

Há poucas chances de existir vida em Titã. “É só uma questão de imaginação fértil” comenta Jonathan Lunine, professor de ciência planetária e de física no JPL, que não participou do estudo. “Se um organismo terrestre for abandonado na superfície de Titã, certamente morrerá”. Mas, não está descartada a probabilidade de haver formas exóticas de vida num ambiente líquido de hidrocarbonetos.

A confirmação da presença de compostos orgânicos e de nitrogênio significa que Titã tem uma composição química muito semelhante à da Terra primitiva, quando a vida começou a se desenvolver. “Esses compostos constituem a base para a formação futura de moléculas mais complexas”, avalia Brown.

A idéia dominante é de que a química necessária para criar moléculas com capacidade de se replicarem e armazenarem informação - como o DNA - não se desenvolveu em Titã, devido às temperaturas extremamente baixas (média de -181º C). A falta de água líquida na superfície - ingrediente principal para a formação da vida como a conhecemos - é outra razão que pode ter impedido a evolução de vida em Titã, se é que ela algum dia surgiu.

Mas Brown alerta para o fato de que vulcões e outras atividades tectônicas podem adicionar energia e até água a essa mistura. “Embora ninguém acredite muito nisso”, comenta Brown, se a vida encontrar um caminho para se desenvolver em Titã, decididamente será em um clima bem diferente do nosso.

“Caso venhamos a encontrar vida em Titã”, sugere Lunine, “será uma evidência de que a vida é realmente um fenômeno cósmico fundamental e que pode ocorrer em condições muito diferentes daquilo que consideramos ‘habitável’”.
Fonte: Uol


Lua - Titã

Titã é o maior satélite natural de Saturno e o segundo maior de todo o sistema solar, depois de Ganímedes, tendo quase uma vez e meia o tamanho da Lua. É o único satélite natural conhecido por ter uma densa atmosfera, sendo até mais densa que a da terra, e o único objeto que não seja a Terra a ter uma evidência clara de corpos líquidos em sua superfície.

Titã é o sexto satélite elipsoidal de Saturno. Frequentemente descrito como uma lua-planeta, Titã tem um diâmetro cerca de 50% maior que a Lua terrestre e é 80% mais massiva. É a segunda maior lua do Sistema Solar, após a lua joviana Ganímedes, e tem mais volume que o menor dentre os planetas, Mercúrio, apesar de ter somente metade de sua massa. Titã foi a primeira lua conhecida de saturno, descoberta em 1655 pelo astrônomo holandês Christiaan Huygens.

Pensa-se que possui lagos de hidrocarbonetos, vulcões gelados, e que o metano comporta-se quase como a água na Terra, evaporando e chovendo num ciclo interminável. Titã é um mundo que se manteve oculto até muito recentemente, coberto por uma neblina densa e alaranjada.

Em Janeiro de 2005, foi lançada a sonda Huygens por entre a neblina, que tirou as primeiras fotografias da superfície de Titã, mas devido ao nevoeiro, e mesmo com fotografias, muito ficou por saber. Esta sonda levou consigo um milhão de mensagens de pessoas à volta do mundo. As mensagens foram enviadas pela Internet, gravadas num CD-ROM e lançadas com a sonda em 1997, e poderão permanecer no solo titânico durante milhões de anos e serem descobertas por turistas espaciais do futuro.

O satélite é pensado como um possível hospedeiro de vida de micróbios extraterrestres.

Fonte: Wikipédia




Mitologia

Titã (do grego Τιτάνας) quando foi descoberto pelo astrônomo Christiaan Huygens foi simplesmente chamado de Saturni Luna (Latim para "Lua de Saturno"). Só em 1847 é que John Herschel (filho de William Herschel, o descobridor de duas outras luas em Saturno) sugere um nome próprio para a lua sob a denominação "Titã", fazendo o mesmo para as outras luas que tinham sido descobertas em Saturno. Todas tomaram nomes de titãs relacionados com Saturno.

Na mitologia grega, os Titãs são seres anteriores aos deuses do Olímpo e que tinham estatura gigantesca, força descomunal e eram aliados de Cronos (Saturno) na guerra contra Zeus (Júpiter) e os deuses do Olímpo, entre eles Hades (Plutão), Poseidon (Netuno), gigantes, ciclopes e hecatonquiros pelo domínio do universo. Os titãs liderados por Saturno acabaram por ser derrotados depois de dez anos de guerra e foram confinados ao Tártaro.
Fonte: Wikipédia



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Galáxia - Cientistas descobrem evidências de como se formaram as primeiras galáxias

Um grupo de cientistas chineses e americanos publicou, na revista "Nature", um estudo que fornece novas evidências sobre como se formaram as primeiras galáxias do Universo - um dos mistérios que ainda não foi desvendado pela astrofísica moderna.

O grupo liderado por Yong Shi, da Universidade de Nanquim, na China, se valeu de observações de galáxias próximas pobres em elementos metálicos para inferir os mecanismos que originaram as estruturas estelares primitivas.

Os metais - elementos mais pesados que o hélio - facilitam o esfriamento do gás interestelar, o que permite que aconteçam as condições apropriadas para a formação de estrelas.

Esses elementos pesados, no entanto, estão precisamente no interior das estrelas, por isso um dos maiores desafios da astrofísica é explicar como surgiram as primeiras galáxias em um ambiente extremamente pobre em metais.

Para compreender esses processos, Shi e seus colegas observaram através do telescópio espacial Herschel duas galáxias cujo gás interestelar praticamente não contém metais.

Trata-se da Sextans A, uma galáxia anã irregular localizada a 4,5 milhões de anos luz da Terra, e a mais distante ESO 146-G14, uma formação elíptica a 73,3 milhões de anos luz.

Sextans A

A partir do estudo de sete aglomerados estelares nessas galáxias, os cientistas determinaram que a formação de estrelas é pouco eficiente nessas condições.

Além disso, o grupo de Shi detectou uma maior quantidade de luz infravermelha do que era previsto pela teoria para esse tipo de galáxias, o que poderia indicar a presença de mais pó e gás interestelar do que se esperava.

ESO 146-G14

"Compreender a formação estelar em pequenas galáxias de nosso entorno nos permite aprofundar no estudo da formação estelar do Universo originário", ressaltou na revista "Nature" o americano Bruce Elmegreen, coautor da pesquisa.

A Sextans A e a ESO 146-G14 "são exemplos de como deveriam ser as galáxias durante os primeiros bilhões de anos depois do Big Bang", destacou o investigador do Watson Research Center.

O cientista americano explicou que, enquanto a formação de galáxias como a Via Láctea foi amplamente estudada, a compreensão sobre a formação de estruturas menores e mais distantes ainda esconde segredos para os cientistas.



Luas de Galileu



Luas de Galileu, ou luas galileanas, é o nome usado para designar o conjunto dos satélites naturais de Júpiter descobertos por Galileu Galilei: Europa, Ganímedes, Io e Calisto. São também os maiores satélites naturais de Júpiter, com uma complexidade geológica que muito tem motivado os planetólogos.

Os nomes das quatro luas são derivados de quatro paixões de Júpiter (ou Zeus) na mitologia Romana e Grega. Estes nomes foram dados por Simon Marius, que reivindicava a descoberta desses satélites.



Ressonância entre orbitas de IO, Europa e Ganimedes


Europa
Europa é única por si própria, apresenta-se com uma superfície gelada muito brilhante com riscos coloridos. Pensa-se que seja um mundo oceânico coberto por uma capa de gelo que protege o mar interior da adversidade do Espaço. Devido às condições existentes em seu interior, alguns cientistas julgam que lá poderá existir vida, tal como a que existe nas profundezas dos mares da Terra. Europa, juntamente com o planeta Marte, é o astro de melhor condição ambiental extraterrestre no Sistema Solar, podendo abrigar vida, existindo também uma pequena possibilidade em Titã.




Ganímedes
Ganímedes é o principal satélite natural de Júpiter, o maior do Sistema Solar, sendo maior que o planeta Mercúrio em termos de tamanho (mas não de massa). Este gigantesco satélite orbita Júpiter a 1,07 milhão de quilômetros de distância.

Ganímedes foi descoberta em 1610 e é uma das quatro luas de Galileu, descobertas por Galileo Galilei na órbita de Júpiter junto à Erfredon, em suas observações feitas graças à invenção do telescópio. No entanto, Ganímedes é visível a olho nu, mas apenas em condições favoráveis e por aqueles com boa visão.



Io
Io, ligeiramente maior que a Lua, é também a quarta maior lua do sistema solar, logo a seguir a Ganímedes, Titã e Calisto.


Mesmo com o seu tamanho algo modesto e apesar de estar localizada num local frio do sistema solar, Io é descrita como o que mais se aproxima do conceito de inferno em todo o sistema solar, já que é o local com maior atividade vulcânica do Sistema Solar. Os seus vulcões chegam a atingir temperaturas à volta dos 1700 graus Celsius, logo, mais quentes que os vulcões da Terra (acredita-se que também os vulcões dos primórdios da Terra atingissem temperaturas semelhantes).

Aliada à maior concentração vulcânica do sistema solar, a liberação de compostos de enxofre durante as erupções confere a Io a aparência de um mundo de diferentes cores: branco, vermelho, laranja, amarelo e preto. Outra consequência desta atividade vulcânica consiste na expulsão de matéria e gases que se afastam para centenas de quilômetros de altura. Devido à fraca gravidade, alguma dessa matéria escapa para o espaço, formando um toro em redor de Júpiter.




Calisto
É a terceira maior lua do Sistema Solar e a segunda maior do sistema joviano. Tem cerca de 99% do diâmetro de Mercúrio, mas apenas um terço de sua massa. É a quarta lua de Galileu por distância a Júpiter, com um raio orbital de cerca de 1 880 000 quilômetros. Não faz parte da ressonância orbital que afeta os outros três satélites de Galileu, e portanto, não sofre aquecimento pelas forças de maré. Sua rotação diferencial é síncrona, ou seja, uma face está sempre virada para Júpiter, enquanto a outra nunca é visível do planeta. A superfície de Calisto é menos afetada pela magnetosfera de Júpiter do que os seus outros satélites internos porque sua órbita está mais afastada do planeta.


É composto de quantidades aproximadamente iguais de rocha e gelo, com uma densidade média de 1,83 g/cm³. Os componentes identificados por espectroscopia da superfície incluem gelo, dióxido de carbono, silicatos e compostos orgânicos. Investigações pela sonda Galileu revelam que Calisto pode ter um pequeno núcleo de silicato e possivelmente um oceano subterrâneo de água líquida em profundidades superiores a 100 quilômetros.

Sua superfície é cheia de crateras e extremamente antiga. Não há nenhum sinal de atividade tectônica ou vulcanismo em sua superfície e pensa-se que sua evolução tem ocorrido principalmente sob a influência dos impactos de diversos meteoritos ao longo de sua existência.

É cercado por uma atmosfera extremamente fina composta por dióxido de carbono, e provavelmente, oxigênio molecular, bem como por uma ionosfera bastante intensa.


Fonte: Wikipédia


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Fases da Lua

À medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. O ciclo completo dura aproximadamente 29,5 dias. Esse fenômeno é bem compreendido desde a Antiguidade. Acredita-se que o grego Anaxágoras (430 a.C.), já conhecia sua causa, e Aristóteles (384 - 322 a.C.) registrou a explicação correta do fenômeno: as fases da Lua resultam do fato de que ela não é um corpo luminoso, e sim um corpo iluminado pela luz do Sol.



A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol. A fase da lua representa o quanto dessa face iluminada pelo Sol está voltada também para a Terra. Durante metade do ciclo essa porção está aumentando (lua crescente) e durante a outra metade ela está diminuindo (lua minguante). Tradicionalmente apenas as quatro fases mais características do ciclo - Lua Nova, Quarto-Crescente, Lua Cheia e Quarto-Minguante - recebem nomes, mas a porção que vemos iluminada da Lua, que é a sua fase, varia de dia para dia. Por essa razão os astrônomos definem a fase da Lua em termos de número de dias decorridos desde a Lua Nova (de 0 a 29,5) e em termos de fração iluminada da face visível (0% a 100%). Recapitulando, fase da lua representa o quanto da face iluminada pelo Sol está na direção da Terra.





A figura acima mostra o sistema Sol-Terra-Lua como seria visto por um observador externo olhando diretamente para o pólo sul da Terra. O círculo externo mostra a Lua em diferentes posições relativas em relação à linha Sol-Terra, assumidas à medida que ela orbita a Terra de oeste para leste (sentido horário para um observador olhando para o pólo sul). O círculo interno mostra as formas aparentes da Lua, em cada situação, para um observador no hemisfério sul da Terra.


As quatro fases principais do ciclo são:

Lua Nova:

  • Lua e Sol, vistos da Terra, estão na mesma direção.
  • A Lua nasce às 6h e se põe às 18h.

A Lua Nova acontece quando a face visível da Lua não recebe luz do Sol, pois os dois astros estão na mesma direção. Nessa fase, a Lua está no céu durante o dia, nascendo e se pondo aproximadamente junto com o Sol. Durante os dias subsequentes, a Lua vai ficando cada vez mais a leste do Sol e, portanto, a face visível vai ficando crescentemente mais iluminada a partir da borda que aponta para o oeste, até que aproximadamente 1 semana depois temos o Quarto-Crescente, com 50% da face iluminada.



Lua Quarto-Crescente:
  • Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de 90°.
  • A Lua está a leste do Sol e, portanto, sua parte iluminada tem a convexidade para o oeste.
  • A Lua nasce ao meio-dia e se põe à meia-noite.

A Lua tem a forma de um semi-círculo com a parte convexa voltada para o oeste. Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de aproximadamente 90°. A Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe aproximadamente à meia-noite. Após esse dia, a fração iluminada da face visível continua a crescer pelo lado voltado para o oeste, até que atinge a fase Cheia.


Lua Cheia
  • Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de 180°, ou 12h.
  • A Lua nasce às 18h e se põe às 6h do dia seguinte.

Na fase cheia 100% da face visível está iluminada. A Lua está no céu durante toda a noite, nasce quando o Sol se põe e se põe no nascer do Sol. Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de aproximadamente 180°, ou 12h. Nos dias subsequentes a porção da face iluminada passa a ficar cada vez menor à medida que a Lua fica cada vez mais a oeste do Sol; o disco lunar vai dia a dia perdendo um pedaço maior da sua borda voltada para o oeste. Aproximadamente 7 dias depois, a fração iluminada já se reduziu a 50%, e temos o Quarto-Minguante.


Lua Quarto-Minguante
  • A Lua está a oeste do Sol, que ilumina seu lado voltado para o leste.
  • A Lua nasce à meia-noite e se põe ao meio-dia.

A Lua está aproximadamente 90° a oeste do Sol, e tem a forma de um semi-círculo com a convexidade apontando para o leste. A Lua nasce aproximadamente à meia-noite e se põe aproximadamente ao meio-dia. Nos dias subsequentes a Lua continua a minguar, até atingir o dia 0 do novo ciclo.




O intervalo de tempo médio entre duas fases iguais consecutivas é de 29d 12h 44m 2.9s (29,5 dias). Esse período é chamado mês sinódico, ou lunação, ou período sinódico da Lua.

O período sideral da Lua, ou mês sideral é o tempo necessário para a Lua completar uma volta em torno da Terra, em relação a uma estrela. Sua duração média é de 27d 7h 43m 11s, sendo portanto 2,25 dias mais curto do que o mês sinódico.


Rotação da Lua


À medida que a Lua orbita em torno da Terra, completando seu ciclo de fases, ela mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. Isso indica que o seu período de translação é igual ao período de rotação em torno de seu próprio eixo. Portanto, a Lua tem rotação sincronizada com a translação.

Note que como a Lua mantém a mesma face voltada para a Terra, um astronauta na Lua não vê a Terra nascer ou se pôr. Se ele está na face voltada para a Terra, a Terra estará sempre visível. Se ele estiver na face oculta da Lua, nunca verá a Terra.





Lua

A Lua é o único satélite natural da Terra e o quinto maior do Sistema Solar. É o maior satélite natural de um planeta no sistema solar em relação ao tamanho do seu corpo primário, tendo 27% do diâmetro e 60% da densidade da Terra, o que representa 1⁄81 da sua massa. Entre os satélites cuja densidade é conhecida, a Lua é o segundo mais denso, atrás de Io (uma das quatro grandes luas de Júpiter conhecidas como Luas de Galileu). Estima-se que a formação da Lua tenha ocorrido há cerca de 4,5 mil milhões de anos, relativamente pouco tempo após a formação da Terra. Embora no passado tenham sido propostas várias hipóteses para a sua origem, a explicação mais consensual atualmente é a de que a Lua tenha sido formada a partir dos detritos de um impacto de proporções gigantescas entre a Terra e um outro corpo do tamanho de Marte.


A Lua encontra-se em rotação sincronizada com a Terra, mostrando sempre a mesma face visível, marcada por mares vulcânicos escuros entre montanhas cristalinas e proeminentes crateras de impacto. É o mais brilhante objeto no céu a seguir ao Sol, embora a sua superfície seja na realidade escura, com uma refletância pouco acima da do asfalto. A sua proeminência no céu e o seu ciclo regular de fases tornaram a Lua, desde a antiguidade, uma importante referência cultural na língua, em calendários, na arte e na mitologia. A influência da gravidade da Lua está na origem das marés oceânicas e ao aumento do dia sideral da Terra. A sua atual distância orbital, cerca de trinta vezes o diâmetro da Terra, faz com que no céu o satélite pareça ter o mesmo tamanho do Sol, permitindo-lhe cobri-lo por completo durante um eclipse solar total.
Fonte: Wikipédia


Estrutura lunar


A Lua é o único corpo celeste para além da Terra no qual os seres humanos já pisaram. O Programa Luna, da União Soviética, foi o primeiro a atingir a Lua com sondas não tripuladas em 1959. O Programa Apollo, do governo dos Estados Unidos, permitiu a realização das únicas missões tripuladas até hoje ao satélite, desde a primeira viagem tripulada em 1968 pela Apollo 8, até seis alunagens tripuladas entre 1969 e 1972, a primeira das quais a Apollo 11. Estas missões recolheram mais de 380 quilogramas de rochas lunares que têm sido usadas no estudo sobre a origem, história geológica e estrutura interna da Lua. Após a missão Apollo 17, em 1972, a Lua foi visitada apenas por naves espaciais não tripuladas, como pela última sonda do programa soviético Lunokhod.
Fonte: Wikipédia


Decolagem da Apollo 11



Fases da Lua

À medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. O ciclo completo dura aproximadamente 29,5 dias. Esse fenômeno é bem compreendido desde a Antiguidade. Acredita-se que o grego Anaxágoras (430 a.C.), já conhecia sua causa, e Aristóteles (384 - 322 a.C.) registrou a explicação correta do fenômeno: as fases da Lua resultam do fato de que ela não é um corpo luminoso, e sim um corpo iluminado pela luz do Sol.

A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol. A fase da lua representa o quanto dessa face iluminada pelo Sol está voltada também para a Terra. Durante metade do ciclo essa porção está aumentando (lua crescente) e durante a outra metade ela está diminuindo (lua minguante). Tradicionalmente apenas as quatro fases mais características do ciclo - Lua Nova, Quarto-Crescente, Lua Cheia e Quarto-Minguante - recebem nomes, mas a porção que vemos iluminada da Lua, que é a sua fase, varia de dia para dia. Recapitulando, fase da lua representa o quanto da face iluminada pelo Sol está na direção da Terra.

Fonte: astro.if.ufrgs.br


Lua


A figura acima mostra o sistema Sol-Terra-Lua como seria visto por um observador externo olhando diretamente para o pólo sul da Terra. O círculo externo mostra a Lua em diferentes posições relativas em relação à linha Sol-Terra, assumidas à medida que ela orbita a Terra de oeste para leste (sentido horário para um observador olhando para o pólo sul). O círculo interno mostra as formas aparentes da Lua, em cada situação, para um observador no hemisfério sul da Terra.
Fonte: astro.if.ufrgs.br

Clique aqui e saiba mais sobre as fases da lua.



Rotação da Lua

À medida que a Lua orbita em torno da Terra, completando seu ciclo de fases, ela mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. Isso indica que o seu período de translação é igual ao período de rotação em torno de seu próprio eixo. Portanto, a Lua tem rotação sincronizada com a translação.

rotacao da lua

É muito improvável que essa sincronização seja casual. Acredita-se que ela tenha acontecido como resultado das grandes forças de maré exercidas pela Terra na Lua no tempo em que a Lua era jovem e mais elástica. As deformações tipo bojos causadas na superfície da Lua pelas marés teriam freado a sua rotação até ela ficar com o bojo sempre voltado para a Terra e, portanto, com período de rotação igual ao de translação. Essa perda de rotação teria em consequência provocado o afastamento maior entre Lua e Terra (para conservar o momentum angular). Atualmente a Lua continua afastando-se da Terra, a uma taxa de 4 cm/ano.

Note que como a Lua mantém a mesma face voltada para a Terra, um astronauta na Lua não vê a Terra nascer ou se pôr. Se ele está na face voltada para a Terra, a Terra estará sempre visível. Se ele estiver na face oculta da Lua, nunca verá a Terra.


Órbita da Lua

A órbita da Lua é a trajetória que o satélite natural executa ao redor da Terra, em sentido anti-horário quando visto a partir do polo norte terrestre. Possui excentricidade pequena (menor que 0,05), o que a faz parecer quase circular. Seu plano de rotação é inclinado cerca de cinco graus em relação ao plano de órbita da Terra.
A distância média entre a Lua e a Terra é de 384 400 quilômetros. Contudo, como a órbita é elíptica, a máxima aproximação acontece a 363 mil quilômetros de distância (perigeu) e a máxima distância ocorre a 406 mil quilômetros (apogeu).
Fonte: Wikipédia

Inclinacao
A órbita da Lua em torno da Terra está inclinada 5° em relação à orbita da Terra em torno do Sol.


Orbita
A órbita da Lua em torno da Terra é uma elipse, exagerada nesta figura, e a Lua está 10% mais próxima no perigeu do que no apogeu, o que faz com que seu tamanho aparente mude de um ciclo para outro.


*Perigeu: é o ponto da órbita de um corpo celeste ou de uma nave espacial, em que ele se encontra mais próximo do astro em torno do qual gravita.

*Apogeu: é o ponto da órbita de um corpo celeste ou de uma nave espacial em que ele se encontra mais distante do astro em torno do qual gravita.


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Sondas chegam à órbita de Marte

Concepção artística mostra a sonda Marven já na órbita do planeta Marte (Foto: Divulgação/Nasa)

Sonda da Nasa chega a Marte

A sonda americana Maven chegou esta noite à órbita de Marte, após uma longa viagem de dez meses, de acordo com a agência espacial americana, a Nasa. A missão tem o objetivo de descobrir o que levou o planeta a perder grande parte de sua atmosfera no passado.
A Maven (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) partiu da Terra em novembro do ano passado e viajou 711 milhões de quilômetros, ao custo de US$ 671 milhões, entrou na órbita de Marte aproximadamente às 23h25 deste domingo (21/09/14), no horário de Brasília.

Uma vez na órbita provisória, começará um período de cinco semanas para a calibragem dos instrumentos da Maven. Em seguida, a sonda entrará em uma órbita elíptica definitiva de quatro horas e meia, que lhe permitirá realizar observações de todas as latitudes e camadas da atmosfera superior de Marte, com altitude variável de 150 km a 6.000 km.

A Missão Maven tratará de responder de onde veio toda a água que havia em Marte em um passado distante, assim como o dióxido de carbono (CO2). São questões importantes para se compreender a história do planeta, de seu clima e da possibilidade de vida.

Maven conta com oito instrumentos, entre eles um espectrômetro de massas para determinar as estruturas moleculares dos gases atmosféricos, e um sensor SWEA (Solar Wind Electron Analyzer), que analisará o vento solar. A sonda de 2,45 toneladas foi lançada em novembro de 2013 de Cabo Canaveral, Flórida.

Sonda Maven, que fará missão em Marte, é lançada de Cabo Canaveral, na Flórida (Foto: Michael Berrigan/Reuters)
Sonda Maven decolou em 18 de novembro de 2013 de Cabo Canaveral, na Flórida (Foto: Michael Berrigan/Reuters)

Fonte: G1


Sonda indiana entra na órbita de Marte

A Índia conseguiu nesta quarta-feira (23/09/14) colocar sua sonda espacial Mars Orbiter Mission (MOM) - também chamada de Mangalyaan - na órbita de Marte, um sucesso para esta primeira missão do país ao Planeta Vermelho, anunciou o primeiro-ministro Narendra Modi.

"A Índia conseguiu chegar à Marte. Felicitações a todos vocês, ao país inteiro. A história foi escrita hoje", disse Narendra Modi na sede da Agência Espacial Indiana, em Bangalore. A sonda havia sido lançada em 5 de novembro do ano passado.

A MOM foi concebida e desenvolvida em tempo recorde e com um baixo orçamento, mas tornou a Índia o primeiro país da Ásia a chegar a Marte, se unindo a Estados Unidos, Rússia e Europa.

Com um orçamento de US$ 74 milhões, a missão indiana custou uma fração da sonda Maven, lançada pela Nasa - a agência espacial americana - e que entrou na órbita marciana no último domingo. "Conseguimos em nossa primeira tentativa. A ISRO desenvolveu este engenho espacial no tempo recorde de três anos, e todos os indianos estão orgulhosos de vocês", disse Modi aos membros da agência espacial.

A sonda indiana está equipada com sensores destinados a medir a presença de gás metano na atmosfera de Marte, o que reforçaria a hipótese da existência de uma forma de vida primitiva no planeta.

Foto do lançamento do foguete que enviou a sonda para Marte em 5 de novembro de 2013 (Foto: Arun Sankar K/AP Photo)
Foto do lançamento do foguete que enviou a sonda para Marte em 5 de novembro de 2013
(Foto: Arun Sankar K/AP Photo)

Fonte: G1


domingo, 21 de setembro de 2014

Buraco Negro



Os buracos negros são uma das mais importantes descobertas científicas de todo o século XX. Chamamos de buraco negro uma região no espaço que contém tanta massa concentrada que nenhum objeto consegue escapar de sua atração gravitacional. Ou seja, trata-se de um objeto com campo gravitacional tão intenso que a velocidade de escape excede a velocidade da luz.

Em 1968, o físico americano John Archibald Wheeler usou pela primeira vez a expressão "buraco negro". O termo "buraco" indica que os eventos ocorrido em seu interior não são vistos por observadores externos, enquanto o termo "negro" é usado porque nem mesmo a luz (velocidade de aproximadamente 300.000 km/s) pode escapar do seu interior.

Um buraco negro pode ter qualquer tamanho. Alguns são formados por fusões de vários outros, e com apenas três características:
  • massa
  • momentum angular (spin)
  • carga elétrica
Depois de formado, o tamanho do buraco tende para zero, logo sua densidade tende para infinito.

Fonte: Só Geografia





Como Surge Um Buraco Negro

O surgimento dos buracos negros está relacionado com o ciclo de vida das estrelas. As estrelas surgem de imensas nuvens compostas de pequenas partículas de matéria e de gás hidrogênio, que existe em abundância no Universo. Após um longo tempo brilhando e convertendo o seu hidrogênio em hélio, as estrelas entram em colapso. Então, seus destinos dependem do seu tamanho. As mais massivas explodem. No lugar das supernovas (nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões) o núcleo original da estrela, que serviu de “apoio” para a explosão, se contrai. Outras vezes, o núcleo não pára mais de se contrair e nasce um buraco negro.
Fonte: Só Geografia



sábado, 20 de setembro de 2014

Via Láctea - Colisão entre Via Láctea e Andrômeda





















De acordo com uma nova simulação, uma colisão cósmica como a que ocorreu entre 

as galáxias espirais NGC 2207 e IC 2163 ocorrerá entre a Via Láctea e Andrômeda,
enquanto o Sol ainda existir.

Por JR Minkel
Caso o Homo Sapiens sobreviva na Terra por mais dois bilhões de anos, nossos 
descendentes poderão testemunhar um belo espetáculo no céu noturno. Pesquisadores
reafirmam que a Via Láctea deverá colidir com nossa vizinha mais próxima, a galáxia 
de Andrômeda ─ bem antes de o Sol colapsar numa anã branca ─ destruindo a Terra 
nesse processo.

A aproximação dessas galáxias poderá facilmente lançar o Sistema Solar para uma 
região isolada da Via Láctea ou transferi-lo para a galáxia de Andrômeda, segundo 
os astrônomos T. J. Cox e Abraham Loeb do Centro de Astrofísica de Harvard-
Smithsonian, em Cambridge, Massachusets. 

Os dois pesquisadores simularam essa colisão com base na velocidade relativa entre 
as galáxias e a quantidade de gás e matéria escura existente no espaço entre elas, o 
que provoca o arraste de seus movimentos.

Andrômeda se encontra atualmente a 2,3 milhões de anos-luz. Os pesquisadores 
sabem que elas estão se aproximando a 230 mil km/h, mas desconhecem sua 
velocidade transversal Se seu deslocamento transversal for suficientemente rápido ela 
não atingirá a Via Láctea.

Loeb observa que “é muito provável que as duas se choquem, mas sabe-se lá
quando, em três, cinco, dez bilhões de anos”. Considerando os últimos modelos
de estrutura das galáxias e assumindo uma velocidade transversal reduzida, Cox e
Loeb concluíram que em dois bilhões de anos Andrômeda deverá tocar a Via Láctea.
Eles anunciaram este resultado num trabalho submetido à revista Monthly Notices of the 
Royal Astronomical Society. Os dois núcleos galácticos ficariam orbitando, um em torno 
do outro, por mais três milhões de anos até se fundirem.

Nessa época, as estrelas que compõem as duas galáxias espirais coalescerão
lentamente formando então uma galáxia elíptica ─ talvez a “Androláctea” ─ com
características próprias. Embora a maioria das estrelas esteja muito afastada para
colidirem, a força gravitacional de uma das galáxias atrai as estrelas da outra.

O Sol deverá se manter ativo até que esse cataclisma ocorra. Seu destino vai depender
do ponto onde estará na órbita de 24 mil anos luz que executa em torno do centro da
Via Láctea. Os pesquisadores calculam que quando os núcleos das duas galáxias se
fundirem, o Sistema Solar terá 50% de chance de ser expulso para uma fina cauda que
se estenderá da Androláctea, a uma distância três vezes maior do núcleo que a distancia
a que está hoje do centro galáctico.

Cox e Loeb também verificaram que existem 3% de chance de o Sol entrar em
órbita de Andrômeda, quando as duas galáxias colidirem. Alterando os dados
iniciais a simulação leva a outros resultados. É interessante notar, comenta o astrônomo
Gregory Laughlin, da University of Califórnia, em Santa Cruz, é que Cox e Loeb
determinaram órbitas razoáveis para o Sol e algumas resultaram numa faixa
plausível de cenários que o Sistema Solar poderá encontrar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Via Láctea - Novas Estrelas ao Redor da Via Láctea




Por Ken Croswell

Pela primeira vez astrônomos detectaram estrelas em um enorme fluxo de gás lançado pelas Nuvens de Magalhães, as duas galáxias mais brilhantes que orbitam a nossa Via Láctea.

Procuradas há décadas,essas estrelas recém-descobertas são jovens, o que significa que se formaram recentemente, quando o gás das Nuvens de Magalhães colidiu com o gás da Via Láctea.

As estrelas recém-nascidas oferecem informações sobre processos que ocorreram no passado do Universo, quando pequenas galáxias ricas em gás colidiam para dar origem a gigantes como a Via Láctea. “Essa é a primeira e única interação galáctica que podemos modelar em detalhes”, declara Dana Casetti-Dinescu, astrônoma da Southern Connecticut State University, que aponta que outras colisões de nuvens gasosas entre galáxias ficam mais distantes, e que portanto são mais difícieis de observar. “Nós não temos tantas informações sobre interações entre sistemas mais distantes”.

Cerca de duas dúzias de galáxias revolvem ao redor da Via Láctea, mas apenas as Nuvens de Magalhães são brilhantes o suficiente para que astrônomos amadores possam vê-las a olho nu. O que realmente diferencia as duas é seu vigor: ao contrário de outros satélites da Via Láctea, as Nuvens de Magalhães têm grandes quantidades de gás, a matéria-prima de novas estrelas.

As Nuvens de Magalhães com certeza ficam próximas: a Grande Nuvem de Magalhães fica a apenas 160 mil anos-luz da Terra, enquanto a Pequena Nuvem de Magalhães fica a 200 mil anos-luz de nós, e a 75 mil anos-luz de sua companheira. Conforme as duas galáxias orbitam a Via Láctea, é provável que também orbitem uma a outra.

Um olhar mais detalhado das Nuvens de Magalhães revela mais detalhes. No início dos anos 70, rádio-astrônomos descobriram um longo fluxo de gás que acompanha as duas galáxias enquanto elas nos orbitam.

Esse gás, chamado de Fluxo de Magalhães, consiste principalmente de átomos neutros de hidrogênio, que transmitem ondas de rádio com 21 centímetros de comprimento. Um componente gasoso mais curto fica adiante das Nuvens de Magalhães, e por isso foi batizado de Braço Dianteiro. Do início do Braço Dianteiro até o fim do Fluxo de Magalhães, essa faixa gasosa tem pelo menos 200 graus de comprimento e se estende por mais de meio milhão de anos-luz de espaço.

Assim como a Lua eleva os mares terrestres, o arrasto gravitacional da Grande Nuvem de Magalhães removeu a maior parte desse gás da Pequena Nuvem de Magalhães, que não tem tanta força para segurá-lo. Estrelas também devem ter se espalhado a partir das Nuvens de Magalhães. Ainda que tanto estrelas quanto gás existam entre as Nuvens de Magalhães, ninguém nunca tinha encontrado qualquer estrela no Fluxo de Magalhães ou no Braço Dianteiro. Até agora.

Casett-Dinescu e seus colegas usaram o telescópio Walter Baade, de 6,5 metros, no Observatório Las Campanas, no Chile, para revelar seis luminosas estrelas azuis no Braço Dianteiro. “Elas se formaram no local”, declara a pesquisadora. “Elas não têm outra opção, porque são muito jovens – elas não tiveram tempo suficiente para viajar das Nuvens até sua localização atual durante seu tempo de vida”. Cinco das seis estrelas estão a aproximadamente 60 mil anos-luz do centro da Via Láctea, perto da periferia do disco estelar de nossa galáxia.

Como a maioria das galáxias espirais, a Via Láctea mantém um vasto reservatório de gás hidrogênio que circunda o disco estelar. Então as estrelas recém-nascidas podem ter se originado em nossa galáxia. Mas as estrelas compartilham a velocidade do gás no Braço Dianteiro, sugerindo que elas surgiram conforme seu gás se chocou com o disco externo de gás da Via Láctea, comprimindo o gás do Braço até que ele produzisse estrelas.

Os astrônomos relatam suas descobertas no volume de 1º de abril de The Astrophysical Journal Letters.

Ainda que as estrelas devam seu nascimento ao gás das Nuvens de Magalhães, elas agora revolvem ao redor de um novo mestre: a Via Láctea, que aumentou seu tamanho já imponente ao arrebatar gás de seus dois satélites mais extravagantes e transformá-lo em novas estrelas, um processo que nossa galáxia deve ter explorado várias vezes em épocas antigas enquanto crescia para se tornar uma gigante.


Créditos: D. Nidever et al, NRAO/AUI/NSF e A. Mellinger, Pesquisa Leiden-Argentine-Bonn (LAB), Observatório Parkes, Observatório Westerbork e Observatório Arecibo




Imagem: D. Nidever et al, NRAO/AUI/NSF e A. Mellinger, Pesquisa Leiden-Argentine-Bonn (LAB), Observatório Parkes, Observatório Westerbork e Observatório Arecibo